Realizei esta atividade para a interdisciplina de Linguagem e Educação, filmar uma criança em fase de alfabetização, onde ela contaria uma história. Leonardo tem 3 anos e 2 meses, irmão de meu afilhado e que me chama de dinda por causa do irmão. É uma criança que sempre teve contato com livrinhos, CDs musicais e de historinhas, brinquedos pedagógicos, brinca muito ao ar livre com bola, bicicleta, carrinhos e freqüenta escolinha. Sempre foi muito estimulado em suas construções orais e de acordo com o texto “Tem um monstro no meio da história, de Thais Gurgel” o incentivo a criação oral fez com que Leonardo relatasse sua história com detalhes criado por ele, e misturados com a realidade que o cerca e ao mesmo tempo com uma seqüência dos fatos. Os adultos neste processo devem ser os incentivadores ajudando para que a criança desenvolva sua capacidade de criar suas próprias fantasias textuais orais. A criança vai incorporando ingredientes de dramatização em suas produções orais, criando assim conflitos, ações. No texto já citado é descrito:
"O mais comum e saudável é que a criança misture realidade e ficção para mais tarde separá-las", diz Maria Virgínia. Segundo a especialista, o adulto não deve questionar se o que ela conta é verdade ou invenção, mas embarcar na aventura e pedir mais detalhes".
O adulto tem uma função de suma importância no desenvolvimento da produção oral das crianças, deve haver uma parceria e uma cumplicidade entre as partes ao questionar e indagar sobre os fatos relatados e nunca se pode intervir com questionamentos do tipo: é verdade ou mentira? A inclusão do papai do céu na história é devida sua vivência de fazer oração antes de dormir, e como a bruxa tinha ido dormir nada mais correto que ela estaria com o papai do céu no momento, esta é a fala com ele ao se deitar: dorme com o papai do céu.
“A distinção entre ficção e realidade ainda está em desenvolvimento nos anos da Educação Infantil - um aspecto que sempre deve ser considerado nas conversas com os pequenos. Isso se relaciona com uma das características mais vivas do pensamento da criança: o sincretismo, ou seja, a liberdade de associar elementos da realidade segundo critérios pessoais, pautados principalmente por afetividade, observação e imaginação.”
Com base também na leitura complementar “Concepções não-valorizadas da escrita: a escrita como um outro modo de falar, Rojo”, a criança antes de entrar no processo de pensar/ler/escrever, passa pelo processo do falar/pensar tornando-se assim o que se chama de leitor verbal e cabe ao adulto permitir este processo dando oportunidade para que ela crie suas histórias dentro de um contexto imaginário onde sua vivência faz parte desta criação.
2 comentários:
Kathia fiquei curiosa para ver o vídeo, tentei assistir e deu uma mensagem de que ele é privado e não abre. Por que será?
Um abraço, Simone - tutora sede
Oi Simone, foi descuido meu, não alterei a forma de visualização. Arrumei e agora creio que conseguirás assistir o vídeo. Bjks.
Postar um comentário