19.4.10

Como foi a semana...

O estágio iniciou no dia 12. Vou confessar, me senti como se tivesse 17 anos, foi quando fiz o estágio do magistério. Nossa, faz tempo isso...Ô tempo bom aquele...
O que mudou de lá pra cá?
A maturidade, a confiança, a experiência e principalmente a vontade de vencer, não no sentido egoísta, mas no sentido de ir em busca de novidades e acreditar na minha capacidade de evolução.
Meu foco da semana (12 à 16) com os alunos foi a Memória. Mas o que vem a ser Memória?
A definição mais básica é a capacidade de adquirir e armazenar informações no cérebro. Hoje com a evolução da tecnologia, temos equipamentos disponíveis que também fazem esta função, pendrives, CDs, MPs, iPods, entre outros, mas estes tem o inconveniente de se deteriorar, apagar, deletar informações, já o cérebro pode até "esquecer" alguma informação, mas é só ser estimulado que elas ressurgem. Os alunos apesar de terem pouca idade, já construíram uma bagagem de informações suficientes para fazer trocas de experiências, esta etapa é fundamental para a aprendizagem.
E como formular a aprendizagem? Hoje já sou uma professora, estou no papel de facilitadora da aprendizagem, e não da antiga detentora do saber, como sempre nos ensinaram nos cursos de Magistério.
Paulo Freire na Pedagogia da Autonomia, aborda a diferença entre treinar e educar. O treinar para ele é o aprender as teorias, as técnicas e as habilidades necessárias para a aprendizagem e educar é algo muito mais complexo e vai mais além: "não é transmitir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção"(p.25).
Mas há um fator muito importante neste processo, o aprender também depende do alunos, de que ele esteja pronto, maduro, para internalizar a real significação que a informação terá para ele.
E como fazer isso? Devemos aprender com tudo que está a nossa volta, cada coisa, pessoas, ideias, o que vemos, ouvimos, sentimos, tocamos, compartilhamos e sonhamos, todas estas informações ficarão guardadas em nossa memória e se juntarão com as novas experiências na construção do conhecimento.
Nossas conquistas são possibilitadas graças a aprendizagem que obtemos em todos os espaços que vivemos, na família, no trabalho, no lazer, na escola, etc. Considero meu aluno como um cidadão em constante desenvolvimento, uma pessoa com sede de informação que faça sentido para sua formação intelectual e emocional, mesmo que ele ainda não saiba esta denominação, mas se a educação não for verdadeiramente significativa, então não terá tido a aprendizagem.
Jean Piaget, na Epistemologia Genética dizia que: "A construção do conhecimento ocorre quando acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos que, provocando o desequilíbrio, resultam em assimilação ou, acomodação e assimilação dessas ações e, assim, em construção de conhecimento."

Voltei...renovada...

Minha última postagem foi um desabafo, pra mim com motivo.
Qual? Sem comentários, não cabe neste espaço.
Para alguns sem sentido, mas percebo que quanto mais há empenho, menos há a valorização.Tá ficando confuso? Não...tá ficando é desistimulante...
Bom, o que sei é que vou continuar fazendo o que considero coerente, nunca confessei que tinha todas as respostas, nem quero chegar neste ponto, pois minha vida ficaria muito sem graça.
Eu tomei uma decisão, vou vencer, uma vitória minha, as conquistas serão minhas, isto será a minha meta.
As mudanças estão acontecendo, a etapa que estou desenvolvendo com o estágio, está sendo uma grande conquista, com muitos desafios e descobertas.
Acredito que ideias não são para serem julgadas ou corrigidas, mas para serem questionadas e dialogadas, dai poderão surgir um leque de novas opções.
Não consigo me imaginar sem desafios, eles que movem minha criatividade e a perseverança de acreditar que há muito a fazer.
Gosto muito de uma frase do grande João Guimarães Rosa que dizia:
"Mestre não é quem sempre ensina, mas quem de repente aprende."