
O primeiro contato que temos com a fala se dá antes do nascimento, já nos envolvemos no mundo da linguagem, quando a mãe conversa, acaricia o ventre e canta meigas melodias. Todas as sensações são vividas nesta fase.
Ao nascer, o sentido da audição vai sendo estimulado e aguçado pelas vozes que a criança já conhecia, da mãe, do pai e das pessoas que acompanharam esta fase, aos poucos ela vai identificando outras mais presentes em sua rotina. Este estímulo auditivo vai passar para o ato de falar que precedem o mundo da leitura e escrita.
A linguagem falada é a expressão do pensamento humano, é o exercício da nossa língua, ela pode também se manifestar por meio de gestos, como é o caso dos mudos. Através desta prática, nossas relações com outras pessoas irão se desenvolver, através da oralidade ou futuramente da escrita.
Paulo Freire dizia que antes da leitura da palavra, o homem já traz para a escola, seja adulto analfabeto ou criança ainda não alfabetizada,a leitura do mundo, que tem sua origem nas experiências da vida.
Muitos adultos nunca foram alfabetizados mas sabem contar, identificam números, se locomovem nas cidades, assim como muitas crianças sem idade escolar também fazem esta prática.
A leitura não envolve somente a leitura de códigos determinados, mas também dos gestos, de expressões faciais, símbolos, desenhos, pintura, escultura, arte em geral.
As linguagens orais e escritas sofrem alterações socioculturais, as diferentes culturas criam sua própria maneira de se expressar, muitos indivíduos sabem ler e escrever, mas não praticam esta habilidade, são considerados alfabetizado-letrados; há os que têm conhecimento de como se utiliza a escrita, como em uma carta, livros, jornais, mas são analfabetos; e tem as crianças ou até adultos que fazem de conta que lêem um livro, criam suas falas, são consideradas letradas sem ser alfabetizadas.
O processo do letramento é mais que alfabetizador, além de envolver as letras sem a necessidade inicial de dominação da leitura, evolui para a compreensão da escrita e da leitura e devem ter sentido, fazer parte da vivência do educando, escrever é decorrência do ato de pensar, mas com a preocupação de se utilizar códigos considerados padrões.
Não podemos julgar o que é certo ou errado, alar, ler e escrever leva a uma reflexão sobre estes conceitos, ainda há muitop a amadurecer, entendo que escrever é uma atividade muito complexa e que deve ser avaliada como tal, não podemos atribuir conceitos ao que ainda está em formação.
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