

O norte-americano Henry Ford, protagonista do termo Fordismo, estabeleceu um processo industrial, racionalizando a produção de veículos dividindo ao máximo as tarefas, controlando todas as etapas que intermediam a chegada de matéria-prima à fábrica, até a chegada do produto final ao seu destino, no caso o consumidor, este procedimento foi denominado de linha de produção.
O filme Tempos Modernos, ilustra este processo, onde mostra como o trabalhador entra em profunda alienação quando são propostas tarefas repetitivas e constantes. Ao sair da fábrica, o operário do filme está tão automatizado, que seus movimentos não são mais pensados e sim inconscientemente mecanizados, conforme seu trabalho.
Relacionando com o Fordismo, nos deparamos com professores fazendo alunos realizarem atividades de memorização, decorando cadernos e livros, aplicando atividades muitas vezes sem contexto e sem consenso com sua vivência. Qual nosso papel enquanto transformadores na educação? A nível de produção industrial, o trabalho em série economiza tempo e dinheiro, mas uma produção de pensamentos em série, não deixa espaço para a criação individual.
Outro filme que ilustra este processo é o The Wall, do Pink Floyd, onde aparecem crianças saindo de uma linha de produção, iguais e robotizadas.
Outro modelo de produção foi criado pelo engenheiro norte-americano Frederick W. Taylor dele se originou o termo Taylorismo, ele propôs o processo de divisão de tarefas no desenvolvimento da produção de bens racionalizando-a, com isso diminuindo o tempo empregado em cada uma delas, criando especialistas em determinados processos. A preocupação de Taylor era conceber meios para que as capacidades produtivas humanas e das máquinas atingissem seu patamar máximo, para isso ele acreditava em estudos científicos para combater problemas.
Assim como ocorre no meio dos produtores de bens duráveis, o ambiente educacional também se utiliza de algumas linhas de projeção como as industriais, fracionando os processos educativos de diversas maneiras.
Fazendo uma relação com o Taylorismo, um exemplo é a divisão de matérias com profissional especializado em cada processo, descentralizando o poder de um só profissional. Conforme a ideia de Taylor é através de estudos e pesquisas que irá favorecer oportunidades de mudanças, atitudes importantes e fundamentais para uma pedagogia interdisciplinar.
A função de um Projeto de Aprendizagem, os PAs, em sala de aula, me lembra conceitos antigos de educação, o de memorização. O professor era o único detentor do saber, ou seja, ele pensava pelo aluno, prevendo o que este deveria ou não conhecer, limitando descobertas, trazendo conceitos prontos e propostas desencadeadas conforme SUA vontade.
E os PAs, onde entram nos novos modelos de educação?
Vivenciamos que os PAs possuem várias etapas, muitos participantes e diversas ações simultâneas ou não, eles oportunizam os alunos a enfrentarem desafios e a encontrarem estratégias diferenciadas para resolvê-los.
Levar PAs para a sala de aula é uma oportunidade que permiti ações múltiplas, a interdisciplinaridade, isso nos remete ao nosso PEAD, onde a cada eixo temos uma ligação estreita entre o que abordamos.
Outra vantagem dos PAs é a oportunidade da inclusão de diversos instrumentos que potencializam as suas ações, o mais importante e interativo são as Tecnologias Digitais, que proporcionam as descobertas e promovem aprendizagem colaborativa entre professor e aluno, portanto os PAs são processos que “aprendem a aprender” e “aprendem a fazer”.