20.6.09

Crianças – Frankstein

Refletindo muito com relação as leituras feitas nas interdisciplinas de 2009/01 e com a vivência em escolas com relação a atual situação violenta das nossas crianças, encontrei este relato que nos faz pensar.
O que estamos fazendo enquanto pais e educadores com nossos filhos e alunos?
Mesmo que alguns digam que não fazem tudo o que o artigo relata, mas com certeza muitas das coisas já o fizeram sem maldade e claro sem com a intenção de prejudicar as crianças.
Mas temos que pensar que de alguma maneira estamos contribuindo com o que está acontecendo, muitas vezes achamos "bonitinho" quando eles imitam adultos, quando eles gostam das mesmas coisas que os pais, quando na verdade ainda estão em fase de infância e não são miniaturas.


O Mágico de Oz perdeu o encanto. Alice anda sozinha no país das maravilhas. A boneca Emília está carcomida pelas traças e a Cuca não espanta mais ninguém.
A infância que outrora aprendeu a valorizar os personagens, ambientes fabulosos e metáforas imaginativas da literatura, está cada vez mais envolvida pelas diretrizes do universo corporativo dos adultos. As crianças não têm mais tempo para viver a condição que sua idade lhes coloca, devido à ação devastatória dos próprios pais, das escolas, e das exigências da sociedade capitalista, que inculcam na infância determinadas práticas capazes de transformá-la numa fase da vida em que se gestam pequenos predadores sociais.
Crianças nascidas nos estratos economicamente privilegiados deixaram de ser crianças para se tornarem projetos futuros de denominação e exercitarem suas práticas de competitividade com o impulso da família e do sistema educacional. Há crianças que não sabem mais o que é brincar ou deixar-se tomar pelo enlevo do lúdico e da imaginação, pois estão absorvidas pelo excesso de preocupação dos pais em relação ao sucesso futuro de seus filhos. Essas crianças não apenas se amoldam a uma estrutura que lhes cobra níveis humanos de excelência e eficiência, como também devolvem para o mundo à sua volta os preceitos éticos com que são alimentadas. Muitas delas, são depositárias das experiências fracassadas dos pais.
Não é incomum vermos crianças que espelham a rotina dos pais, sendo obrigadas, além de ir à escola, a participar de uma infinita carga de atividades para compensar a permanente defasagem que os pais julgam que esta recaindo sobre elas. Isso, talvez, explique o que muitos especialistas já estão cansados de afirmar, quando se referem aos transtornos de ordem psicológica e de aprendizagem cada vez mais freqüente no universo infantil.
A infância precisa voltar a ser infância. Voluntária ou involuntariamente, ao abrirem mão de uma formação mais humanizada para seus filhos, os pais estão ajudando a constituir sujeitos supérfluos, banais e previsíveis, rendidos à dissimulação do universo adulto, cujo preceito mais evidente é garantir às crianças um futuro promissor, burlando os contextos e as práticas próprias da infância em prol de uma imbecil competitividade ensinada em best-sellers como Pai Rico, Pai Pobre, cartilhas escritas por malandros que as escolas, por exemplo, insistem em sustentar, pagando-lhes altos cachês por palestras proféticas destinadas aos pais de alunos e aos professores.
Já é uma realidade crianças de sete anos de idade ganharem um laptop para administrar as tarefas da semana, que incluem aulas de equitação com cavalos-marinhos, técnica de uso da espada samurai e leitura em braile com os dedos dos pés. Futuramente, veremos se essa abominável forma de educar gerou uma sociedade melhor ou se nos legou pessoas e profissionais que, um dia, foram crianças-frankstein.

(CLÓVIS DA ROLT - Professor, mestrando em Ciências Sociais pela UnisinosZERO-HORA/SEGUNDA/25/JUNHO/2007 )

Racismo ?!?!?!? O que é isso?!?!?!?

Até quando iremos conviver com o racismo?
Até quando as pessoas vão se importar com a cor externa da pele?
Até quando teremos que esconder nossa descendência?
Até quando teremos que nos envergonhar de nossas etnias?
Até quando a humanidade ficará a mercê da discriminação?
Até quando precisaremos promover debates sobre cor?
Até quando existirá a ignorância humana??????
Até quando ????????
Somos raízes da mesma terra, frutos da mesma árvore.
Seremos sementes das novas flores.
Ancestrais de nossas gerações.
O que deixaremos?
Vamos pensar ?!?!?!?!?!?
E mudar !!!!!!!!!!!!!!!!!
Assim deixaremos........
IGUALDADE, RESPEITO, COMPREENSÃO, AMOR.
Valerá a pena.....



Este vídeo é sobre a discriminação que ocorre nos estádios de futebol, um esporte completamente popular, de todas as etnias e cores. Mas com uma mensagem a todos aqueles que ainda fazem esta distinção.

14.6.09

OS TEMPOS MUDAM !!!!!!!!!!!!!

...SEM COMENTÁRIOS.....
Lendo o texto "Reflexões sobre a moralidade na escola"(Lisiane Silveira Camargo).
Por que a escola precisa preocupar-se com a moral dos seus alunos? Isso é "coisa que deve vir de casa", da educação familiar? Sem dúvida.
Com esta frase faço minha análise de como estão nossas escolas com o grande índice de violência entre os alunos.
A escola é um local onde se reúnem grupos, que possue relações de respeito e tem como função prover o indivíduo do conhecimento e da formação que a família não pode oferecer, juntamente com isso ela contribuirá para o desenvolvimento moral dos alunos, este desenvolvimento também é parte da aprendizagem.
Na escola como em qualquer organização social são apresentados regras, direitos e deveres nos quais seu funcionamento se apóia e, através disso, auxilia seus membros na compreensão da vida em sociedade.
O que não pode continuar ocorrendo, é as famílias deixarem a tarefa da educação básica "exclusivamente" para a escola e fecharem os olhos para os problemas que ocorrem com seus filhos.
O desenvolvimento da moralidade, tem um papel importante na formação do pensamento autônomo.
Piaget descreve 2 fases da moral:
1-Moral Heterônoma- o sentimento é imposto pela autoridade externa ao sujeito, normalmente exercida pelo adulto. A criança obedecerá uma regra ou norma quando esta for demandada por um adulto por quem tem alguma admiração e/ou porque possui medo.
2-Moral Autônoma- O sentimento é interior, uma espécie de interiorização de limites anteriormente colocados por forças exteriores ao sujeito.
O que vemos muito em nossas crianças, é um descontrole de suas emoções e reações.
A base da moralidade, vem lá do primeiro grupo social, a família. Exemplos:
1-A família de Zeca educou-o da seguinte maneira: determinando regras, normas, horários, respeito, cooperação, responsabilidades e tolerância. Quando ele chegar à escola, já conseguirá determinar as relações de seus direitos e deveres como cidadão. Ele passou pela fase da heteronomia e está em formação na fase da autonomia, ou seja, distingue até onde vão suas limitações.
2-A família de Leo tem suas próprias regras, cada um faz o que quer, na hora que quer, não importando com os direitos dos outros e sim somente com suas vontades, ou seja, completamente sem regras ou normas. Leo chega à escola onde há muito mais deveres do que direitos, como em qualquer lugar da sociedade, não se adapta e sempre está envolvido em brigas e confusões. Sua fase autônoma não tem base referencial de heteronomia.
3-Já o Dedé, tem uma família extremamente dominadora, onde prevalece o autoritarismo, os filhos são reféns de uma educação baseada no medo. Na escola ele aplica o autoritarismo como forma de se destacar, transferindo o que recebe aos colegas. A fase heterônoma foi fundada na repressão e no medo, sua autonomia é a cópia disto.
Onde entra a escola nestes casos? Trazer as famílias para trabalhar juntos, muitos pais acreditam e é cada vez mais comum, pensar que é obrigação da escola educar. Valores morais, respeito e tudo mais de bom que possa ensinar, precisam ser primeiramente repassados pelos pais. A escola é a continuação da família, onde as crianças formam grupos de convivência e maturidade. É um espaço onde elas trazem o referencial de educação recebido até este momento. Deve ser um local de apoio e não uma simples passagem sem vínculos.
"...a cooperação conduz à constituição da verdadeira personalidade, isto é, à submissão efetiva do eu às regras conhecidas como boas". (Piaget)
O adulto deve ser autoridade sem autoritarismo.
Autoridade-direito de se fazer obedecer, influência.
Autoritarismo-despotismo, tirania.