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Lendo o texto "Reflexões sobre a moralidade na escola"(Lisiane Silveira Camargo).
Por que a escola precisa preocupar-se com a moral dos seus alunos? Isso é "coisa que deve vir de casa", da educação familiar? Sem dúvida.
Com esta frase faço minha análise de como estão nossas escolas com o grande índice de violência entre os alunos.
A escola é um local onde se reúnem grupos, que possue relações de respeito e tem como função prover o indivíduo do conhecimento e da formação que a família não pode oferecer, juntamente com isso ela contribuirá para o desenvolvimento moral dos alunos, este desenvolvimento também é parte da aprendizagem.
Na escola como em qualquer organização social são apresentados regras, direitos e deveres nos quais seu funcionamento se apóia e, através disso, auxilia seus membros na compreensão da vida em sociedade.
O que não pode continuar ocorrendo, é as famílias deixarem a tarefa da educação básica "exclusivamente" para a escola e fecharem os olhos para os problemas que ocorrem com seus filhos.
O desenvolvimento da moralidade, tem um papel importante na formação do pensamento autônomo.
Piaget descreve 2 fases da moral:
1-Moral Heterônoma- o sentimento é imposto pela autoridade externa ao sujeito, normalmente exercida pelo adulto. A criança obedecerá uma regra ou norma quando esta for demandada por um adulto por quem tem alguma admiração e/ou porque possui medo.
2-Moral Autônoma- O sentimento é interior, uma espécie de interiorização de limites anteriormente colocados por forças exteriores ao sujeito.
O que vemos muito em nossas crianças, é um descontrole de suas emoções e reações.
A base da moralidade, vem lá do primeiro grupo social, a família. Exemplos:
1-A família de Zeca educou-o da seguinte maneira: determinando regras, normas, horários, respeito, cooperação, responsabilidades e tolerância. Quando ele chegar à escola, já conseguirá determinar as relações de seus direitos e deveres como cidadão. Ele passou pela fase da heteronomia e está em formação na fase da autonomia, ou seja, distingue até onde vão suas limitações.
2-A família de Leo tem suas próprias regras, cada um faz o que quer, na hora que quer, não importando com os direitos dos outros e sim somente com suas vontades, ou seja, completamente sem regras ou normas. Leo chega à escola onde há muito mais deveres do que direitos, como em qualquer lugar da sociedade, não se adapta e sempre está envolvido em brigas e confusões. Sua fase autônoma não tem base referencial de heteronomia.
3-Já o Dedé, tem uma família extremamente dominadora, onde prevalece o autoritarismo, os filhos são reféns de uma educação baseada no medo. Na escola ele aplica o autoritarismo como forma de se destacar, transferindo o que recebe aos colegas. A fase heterônoma foi fundada na repressão e no medo, sua autonomia é a cópia disto.
Onde entra a escola nestes casos? Trazer as famílias para trabalhar juntos, muitos pais acreditam e é cada vez mais comum, pensar que é obrigação da escola educar. Valores morais, respeito e tudo mais de bom que possa ensinar, precisam ser primeiramente repassados pelos pais. A escola é a continuação da família, onde as crianças formam grupos de convivência e maturidade. É um espaço onde elas trazem o referencial de educação recebido até este momento. Deve ser um local de apoio e não uma simples passagem sem vínculos.
"...a cooperação conduz à constituição da verdadeira personalidade, isto é, à submissão efetiva do eu às regras conhecidas como boas". (Piaget)
O adulto deve ser autoridade sem autoritarismo.
Autoridade-direito de se fazer obedecer, influência.
Autoritarismo-despotismo, tirania.