
Ali ficamos por muito tempo sozinho, nos conhecendo, nos revirando e ouvindo vozes que mais tarde identificaremos. Este tempo nos permite desenvolver o espírito de individualidade, achando que o mundo gira ao nosso redor, é bem verdade que no início é assim mesmo, choramos e aparece rapidamente alguém para nos socorrer.
Mas com o passar do tempo, as influências do meio do qual estamos inseridos, nos mostra que modificamos nosso comportamento para nos adequar a ele. Imitamos alguém nos gestos, na maneira de agir e até no falar, falamos a língua de quem está ao nosso lado dia-a-dia.
Brincamos com os amiguinhos e aprendemos coisas novas, vamos à escola e nos aparece um turbilhão de novidades. Sempre tem algum estímulo novo para que possamos analisar, questionar e/ou adaptar à nossa vida.
As mudanças de comportamento que nos ocorrem são basicamente importantes para nos sentirmos inseridos em um determinado grupo, seja familiar, profissional, amigável ou até em meio a uma multidão estranha a primeira vista.
A adolescência é dita como a fase de identificação mais intensa e aguçada, mas discordo desta teoria, penso que todos os dia nos modificamos, para sermos aceitos nos diferentes meios ou mesmo para termos uma convivência mais...digamos harmoniosa.
Então há mudança sempre, nunca podemos e não conseguimos ficar estagnados a pré-conceitos já estipulados e arcaicos frente a modificações.
Em Filosofia, analisamos o dilema do Antropólogo Claude Lee, que ao entrar em uma ilha da Polinésia para pesquisar os nativos, já teria modificado os costumes deste povo, pois até então este local era intocável e inacessível a povos ditos como brancos.
Pelos seus questionamentos, deixou os nativos em situação de dúvida quanto a seus costumes e crenças.
Portanto, basta que algo diferente entre em um meio para que este já se inicie no processo de uma mudança, mesmo que esta seja mínima, já não podemos mais considerá-la única nem intocável.
Um comentário:
E não é imprescindível essas mudanças? Essas interações ? Não seriam necessárias para crescer e sobreviver em um mundo em constantetransformação?
Um abração
Bea
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