29.3.09

Modelos Pedagógicos e Modelos Epistemológicos

Neste texto, o autor Fernando Becker diferencia três diferentes formas, chamados de modelos pedagógicos, de representar a relação ensino/aprendizagem escolar. Cada modelo é sustentado por uma determinada epistemologia.
O primeiro modelo proposto é o da Pedagogia Diretiva: o professor é o representante do meio social, detentor do saber. O conhecimento é transmitido ao aluno; este é uma folha em branco; é no meio social que ele obtém o conhecimento. “Não há nada no nosso intelecto que não tenha entrado lá através dos nossos sentidos”.
A epistemologia associada é o
empirismo, que defende que o homem nasce com a capacidade mental reduzida, e a construção do conhecimento se dá com o resultado das experiências concretas com o mundo exterior, através da percepção e assimilação. Este é um modelo que para muitos ainda é usado, pois alguns professores justificam que aprenderam assim e só sabem transmitir assim.
O outro modelo proposto é a Pedagogia Não-diretiva: o aluno determina a ação do professor, este não interfere, para ele o aluno já trás o saber que precisa, sua ação será só a de facilitar o aprendizado.

A epistemologia é reproduzida pelo apriorismo, ou seja, o resultado depende do que vem antes. Acredita que o aluno aprende conforme sua herança genética, ele já nasce com uma estrutura cognitivo-biológica formada, isto vai determinar a construção do seu conhecimento e o que aprenderá. Pessoa que nasce em um meio mais benéfico, aprende mais, quem não tem esta oportunidade fica estagnado, pois não consegue construir mais do que aprendeu antes. Aí se criam os rótulos muitas vezes dado pelos pais: não aprende mesmo, eu era assim.
E por fim o modelo Pedagógico Relacional e sua epistemologia, o
construtivismo. Neste modelo o aluno não é passivo, não é pré-formado geneticamente, ele interage integralmente com o meio, valorizando sua bagagem de conhecimento processada desde o nascimento, para assim construir um novo. O professor neste modelo participa ativamente do processo ensino-aprendizado, havendo com isso uma troca fundamental:
professor ensina-aprende, aluno aprende-ensina.
Imagina o mundo todo pensando igual, sem ídéias próprias, cada um que chega, passa e ensina, ou melhor, transmite o que sabe, sem questionamentos, sem dúvidas, sem reflexões.
Seria muito chato e muito igual.
As diferenças são fundamentais para a construção de novos conhecimentos.

22.3.09

Argumentações cotidianas

A linguagem, seja ela escrita ou oral, está diretamente ligada com nossas atividades diárias. Conversamos com pessoas pessoalmente, por telefone, através de e-mails, na web por MSN, em sala de aula com os alunos, escrevendo aulas e/ou trabalhos.
Muitas destas informações, sejam elas escritas ou lidas, são de caráter informativo. Na maioria das vezes, para nos fazer ser entendidos, argumentamos de maneira a persuadir alguém de que a conclusão de nossa idéia é verdadeira. Para isso, podemos utilizar uma ou mais premissas, também chamadas de proposições, como apoio, mas todo argumento que levantamos, poderá ter somente uma conclusão.
As premissas e a conclusão apenas podem ser verdadeiras ou falsas, nunca com sentido ambíguo... é ou não é.
Um exemplo de sala de aula:
"As notas de Joana na 3ª série foram: 45 em matemática e 40 em Português, sendo que o mínimo para aprovação é 50 pontos. Portanto Joana não poderá ser matriculada na 4ª série."
Conclusão: Joana não poderá fazer a 4ª série.
Premissas: são as justificativas por ela não conseguir a aprovação.
Ao argumentar, estamos justificando e assim chegando a uma conclusão, sendo que esta requer uma justificativa para ser convencida, que são as premissas.

21.3.09

PORTO D+ ALEGRE

Porto Alegre...26/03...mais um aniversário...
são 237 anos, nossa cidade ainda é muito novinha,
uma guriazinha como se diz aqui no sul.
Amo Porto Alegre, esta cidade em que diversos grupos sociais
socializam o mesmo local.
Caminhando pelas ruas, parques, praças e na muvuca do centro,
vemos diversas tribos andando lado a lado,
conversando, se divertindo,
é a miscigenação de diversos povos
que encontramos em nossa cidade.
Como dizia Darcy Ribeiro:
"ser mestiço é que é bom".
E é assim que é Porto Alegre,
uma cidade inicialmente habitada pelos indígenas,
colonizada pelos açorianos, seguidos de outros europeus,
africanos, e que hoje tem sua própria identidade,
não é a toa que carrega o apelido de
Cidade Sorriso.
Somos um povo carismático, receptivo,
gostamos de um bom papo
regado a chimarrão e sol
na Redenção ou no Parcão.
Parabéns Porto Alegre,
cada vez mais Alegre.
Porto Alegre-Trilegal


16.3.09

ANCESTRALIDADE...QUEM SOMOS???

Quem somos...de onde viemos...para que viemos...para onde vamos...
Estas perguntas são feitas incessantemente a nossa mente.
Não há quem não se perturbe com estas perguntas e ainda não temos todas as respostas.
Mas de uma coisa temos certeza...De quem viemos.
Nossa família é a base, o fundamento de nossa existência.
Mesmo os familiares mais distantes, mas muito distantes mesmo, são nossas raízes.
Conhecemos aqueles até onde nos mostraram fotos ou comentaram algo a seu respeito, no máximo até nossos bisavós, antes disso tudo é muito distante, mas não podemos deixá-los de lado, como se nunca tivessem existido, pois querendo ou não somos seus frutos.


Conforme a definição no Wikipédia: "Ancestralidade vem da palavra ancestral!
Diz-se que um grupo de organismos tem origem comum se todos partilham um ancestral. Em biologia, a teoria da origem comum universal postula que todos os organismos na Terra descendem de um ancestral comum, ou de um pool de genes ancestral".

Portanto, a ancestralidade é nossa via de identidade histórica, sem ela, não sabemos o que somos e nunca saberemos o que queremos ser.
Podemos nos sentir sozinhos, mas nunca fomos sozinhos e sempre teremos uma história para contar.
Neste semestre, teremos a cadeira de Questões Étnico-racias, onde poderemos explorar a fundo sobre este assunto de tanta relevancia e com material muito extenso.
Começando por cada um de nós, muitas vezes esquecemos, não conscientemente, mas pela correria da vida de: quais das nossas características é herança de qual ancestral?
Isso é muito interessante e ao mesmo tempo nos dá condições de ver como fomos através deles, porque somos o que somos e quem sabe como poderá ser nossa descendência.
Como já citei, é assunto muito extenso, misterioso e ao mesmo tempo fascinante.