21.4.09

Mosaico Cultural

Como fazer para trabalhar a miscigenação de cores e culturas com as crianças?
Fiz um mosaico cultural com meus alunos. Cada um coletou informações e fotos com familiares para então juntos descobrir suas origens.
Após a identificação no mapa-múndi dos lugares de onde vieram seus ancestrais, cada um fez seu auto-retrato e colaram em uma grande árvore, pois esta representa a vida e a diversidade.
Uma história muito interesante para começar é uma que mostra as diferenças e a valorização delas. Caso não tiver o livro, podesse deixar os alunos desenharem conforme seu entendimento, fica mais divertido, depois se pode fazer uma exposição dos trabalhos.


MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA
(Ana Maria Machado)

Era uma vez uma menina linda, linda.
Os olhos pareciam duas azeitonas pretas brilhantes, os cabelos enroladinhos e bem negros.
A pele era escura e lustrosa, que nem o pelo da pantera negra na chuva.
Ainda por cima, a mãe gostava de fazer trancinhas no cabelo dela e enfeitar com laços de fita coloridas.
Ela ficava parecendo uma princesa das Terras da África, ou uma fada do Reino do Luar.
E, havia um coelho bem branquinho, com olhos vermelhos e focinho nervoso sempre tremelicando. O coelho achava a menina a pessoa mais linda que ele tinha visto na vida.
E pensava:
- Ah, quando eu casar quero ter uma filha pretinha e linda que nem ela...
Por isso, um dia ele foi até a casa da menina e perguntou:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah deve ser porque eu caí na tinta preta quando era pequenina...
O coelho saiu dali, procurou uma lata de tinta preta e tomou banho nela.
Ficou bem negro, todo contente. Mas aí veio uma chuva e lavou todo aquele pretume, ele ficou branco outra vez.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é o seu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:
- Ah, deve ser porque eu tomei muito café quando era pequenina.
O coelho saiu dali e tomou tanto café que perdeu o sono e passou a noite toda fazendo xixi.
Mas não ficou nada preto.
- Menina bonita do laço de fita, qual o teu segredo para ser tão pretinha?
A menina não sabia, mas inventou:¬
- Ah, deve ser porque eu comi muita jabuticaba quando era pequenina.
O coelho saiu dali e se empanturrou de jabuticaba até ficar pesadão, sem conseguir sair do lugar. O máximo que conseguiu foi fazer muito cocozinho preto e redondo feito jabuticaba. Mas não ficou nada preto.
Então ele voltou lá na casa da menina e perguntou outra vez:
- Menina bonita do laço de fita, qual é teu segredo pra ser tão pretinha?
A menina não sabia e... Já ia inventando outra coisa, uma história de feijoada, quando a mãe dela que era uma mulata linda e risonha, resolveu se meter e disse:
- Artes de uma avó preta que ela tinha...
Aí o coelho, que era bobinho, mas nem tanto, viu que a mãe da menina devia estar mesmo dizendo a verdade, porque a gente se parece sempre é com os pais, os tios, os avós e até
com os parentes tortos.E se ele queria ter uma filha pretinha e linda que nem a menina,
tinha era que procurar uma coelha preta para casar.
Não precisou procurar muito. Logo encontrou uma coelhinha escura como a noite, que achava aquele coelho branco uma graça.
Foram namorando, casando e tiveram uma ninhada de filhotes, que coelho quando desanda
a ter filhote não para mais! Tinha coelhos de todas as cores: branco, branco malhado de preto, preto malhado de branco e até uma coelha bem pretinha.
Já se sabe, afilhada da tal menina bonita que morava na casa ao lado.
E quando a coelhinha saía de laço colorido no pescoço sempre encontrava alguém que perguntava:
- Coelha bonita do laço de fita, qual é o teu segredo para ser tão pretinha?
E ela respondia:
- Conselhos da mãe da minha madrinha...

14.4.09

O contrário do amor

O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola.
Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
O que seria preferível? Que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente?
Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência?
O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam.
Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? de coisa alguma.
A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um oscar ou uma prisão perpétua.... Não estamos nem aí.
A indiferença se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta.
Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.
( Martha Medeiros )

PESSOAS ESPECIAIS...

Especiais...
Todos somos especiais, o que difere são as ações de cada um.
Diariamente nos deparamos com algumas situações em que a primeira reação é a de achar que não conseguiremos resolver.
Daí vem o desespero e o sentimento de: Por que comigo?
Aos poucos, e as vezes é muito aos poucos, vamos encarando a situação como um desafio que temos que enfrentar, para nosso amadurecimento e consequentemente o aprendizado.
Cada ser nasce com um Dom, e com o tempo ele vai se aprimorando.
Todos conseguimos.
De cada desafio, devemos plantar uma sementinha para que mais adiante possamos colher seus frutos.
Algumas pessoas já nascem com seu Dom mais aguçado, e é com elas que devemos aprender a não desitir.
Ninguém é suficientemente completo sem o apoio, amor, carinho, atenção e dedicação de outros.
Todos precisam, e alguns muito mais, da ajuda de alguém, seja fisicamente ou espiritualmente.
Somos completáveis uns com os outros.
Somos peças de um quebra-cabeça gigante, em que NUNCA se chegará ao final da montagem, a cada novo encaixe surgem novas expectativas e esperanças.
Estas esperanças encontramos no olhar, no toque, no afago, no abraço, no sorriso de cada ser que passa pela nossa vida.
É com esta esperança e cheia de expectativa, que compartilho uma história fantástica, sobre a curta mas promissora caminhada de um jovem indiano, Akrit Jaswal .
Os que acham que ao primeiro deslize devemos desistir, NÃO...NUNCA.
O caminho mais seguro, apesar dos tropeços, ainda é o chamado de AMOR.

12.4.09

O que são necessidades especiais???

Crianças com necessidades especiais não se limitam somente aquelas com deficiência física não sensorial, mas também aquelas com problemas visuais, auditivos, mentais, bem como aquelas de condições ambientais desfavoráveis.
Há os superdotados, os deficientes mentais, os excepcionais psicossociais com distúrbios emocionais e os com desajustes sociais e também crianças com mais de um tipo de desvio, chamado de excepcionalidade múltipla.
Alguns casos são avaliados e testados de diferentes maneiras por profissionais nas áreas médicas, psicológica e educacional, a fim de prevenir ou mesmo corrigir quando possível.
Hoje há uma preocupação do governo em fazer a inclusão destas crianças em escolas ditas como “normais”.
Penso que antes da tal da inclusão, estas crianças precisam de alguma modificação ou adaptação no programa educacional para que possam atingir seu potencial máximo, e para que isso funcione é necessário que aja situações de ensino especiais, utilizando recursos físicos e materiais especiais, profissionais com preparo específico e alguns aspectos curriculares que não são encontrados nas situações comuns.

O MEIO INFLUENCIA NO COMPORTAMENTO?

O primeiro meio em que vivemos, não posso dizer que é um meio social, mas é nosso primeiro meio, é no ventre materno.
Ali ficamos por muito tempo sozinho, nos conhecendo, nos revirando e ouvindo vozes que mais tarde identificaremos. Este tempo nos permite desenvolver o espírito de individualidade, achando que o mundo gira ao nosso redor, é bem verdade que no início é assim mesmo, choramos e aparece rapidamente alguém para nos socorrer.
Mas com o passar do tempo, as influências do meio do qual estamos inseridos, nos mostra que modificamos nosso comportamento para nos adequar a ele. Imitamos alguém nos gestos, na maneira de agir e até no falar, falamos a língua de quem está ao nosso lado dia-a-dia.

Brincamos com os amiguinhos e aprendemos coisas novas, vamos à escola e nos aparece um turbilhão de novidades. Sempre tem algum estímulo novo para que possamos analisar, questionar e/ou adaptar à nossa vida.
As mudanças de comportamento que nos ocorrem são basicamente importantes para nos sentirmos inseridos em um determinado grupo, seja familiar, profissional, amigável ou até em meio a uma multidão estranha a primeira vista.
A adolescência é dita como a fase de identificação mais intensa e aguçada, mas discordo desta teoria, penso que todos os dia nos modificamos, para sermos aceitos nos diferentes meios ou mesmo para termos uma convivência mais...digamos harmoniosa.

Então há mudança sempre, nunca podemos e não conseguimos ficar estagnados a pré-conceitos já estipulados e arcaicos frente a modificações.
Em Filosofia, analisamos o dilema do Antropólogo Claude Lee, que ao entrar em uma ilha da Polinésia para pesquisar os nativos, já teria modificado os costumes deste povo, pois até então este local era intocável e inacessível a povos ditos como brancos.
Pelos seus questionamentos, deixou os nativos em situação de dúvida quanto a seus costumes e crenças.
Portanto, basta que algo diferente entre em um meio para que este já se inicie no processo de uma mudança, mesmo que esta seja mínima, já não podemos mais considerá-la única nem intocável.

PÁSCOA

No português, como em muitas outras línguas,
a palavra Páscoa origina-se do hebraico:
Pessach - passagem...
A renovação no coração
de cada um de nós.


APRENDIZAGEM

O que é aprendizagem?
Nossa última atividade de Psico II, é referente a alguma mudança ocorrida devido a uma aprendizagem significativa para nós.
Nos últimos 2 anos, a maior mudança que tive foi com relação a aprendizagem dos diversos recursos do PC e da internet, fundamentais para o desenvolvimento da minha caminhada pelo PEAD, chamo isso de Alfabetização Digital.
Desde nosso nascimento passamos pelo processo constante de aprendizagem, primeiro vêm os reflexos inatos que abrem o caminho para que ocorra uma percepção das fronteiras entre o corpo e o mundo.
Os estímulos externos juntamente com as habilidades que iremos desenvolver, são requisitos para que ocorra uma aprendizagem. Comer, andar, seguir regras, falar, ler, escrever, contar, calcular, resolver problemas, há tantas descobertas e aprendizados necessários para nossa inserção na sociedade.
Até o ingresso no Pead, eu utilizava as ferramentas tecnológicas do meu computador com o único propósito de lazer como: ler e enviar e-mail, pesquisar vídeos e materiais diferentes para minhas aulas, redigir provas ou textos, coletar imagens e desenhos, ler jornais on line. Não estava sendo uma utilização adequada para um equipamento pequeno e ao mesmo tempo tão extenso e repleto de recursos, seja pela internet ou fora dela.
Com o ingresso em um curso superior à distância, onde a proposta é puramente on line, tive que me aprimorar e aprender a usar todas as potencialidades do meu computador e da internet.
Aliei a esta aprendizagem as habilidades e o conhecimento que eu já possuía, mas que era considerado muito restrito ao que eu realmente precisaria para realização das atividades e conseqüentemente não suficiente para meu desenvolvimento dentro da proposta do curso.
Com o avanço do curso, precisei reorganizar meu tempo e o uso do computador passou a ser diário. Precisei sugar e explorar todos os recursos do meu PC e da internet. Inicialmente foi um aprendizado individual e quando esbarrava em algo desconhecido, pedia socorro a professores, tutores, até meu filho fez parte deste processo, me socorrendo a qualquer momento. Mesmo com auxílio, eu preciso fazer descoberta sozinha, é errando e desvendando que consigo chegar ao processo de aprendizagem.
Conforme a proposta do curso foi necessária a criação de espaços virtuais para postar atividades e interagir com o grupo: blog, wikis diversos, rooda, webfólio, ainda assim eu precisava inovar nas apresentações, lendo e criando novos materiais.
Mas não foi só concluindo atividades individuais referentes ao curso que tive a mudança de comportamento com a utilização do computador, mas com a troca e a experiência que isto me proporcionou.
Em constante contato com colegas e professores, através de e-mails, fóruns, comentários em wiki, Projetos de Aprendizagem e Temáticos, onde as idéias de grupo prevalecem, percebi a importância de se trabalhar em grupo utilizando os recursos que a rede da web nos proporciona: skype, e-mail, MSN, fórum.
Levei estas aprendizagens para minha sala de aula, enriquecendo o aprender e estimulando as descobertas do meu aluno, incentivada pela elaboração dos Projetos que realizamos os de Aprendizagem e os Temáticos.
A cada dia, analiso estas minhas aprendizagens acadêmicas, onde minhas reflexões acerca destas descobertas vão proporcionar mudança no meu pessoal e profissional, onde poderei aplicar as experiências que eu tinha com as que obtidas.
Olhar em frente e não ficar estagnada já é a principal mudança, importante no processo de aprendizagem.
Devemos sempre aprender a aprender.